Roteiro de 1 dia em Edimburgo, a linda cidade medieval.

Edimburgo

Edimburgo é a capital da Escócia, no Reino Unido. A cidade que detém duas designações da UNESCO para a cidade velha medieval e sua bem projetada cidade nova georgiana. Localiza-se cerca de cerca de 100 km ao norte da fronteira com a Inglaterra e cerca de 80 km a leste de Glasgow, que é a maior cidade da Escócia.

Como chegar:
Eu fui para Edimburgo de excursão com a escola, saindo as 7h30 da manhã de ônibus. Mas para quem visita a cidade sozinho existem várias opções para chegar lá. Voar até o aeroporto de Edimburgo, que fica a uma curta viagem de ônibus, ou ir de trem. De Londres até lá a viagem de trem dura de 4 a 5 horas.

O que fazer:
Há tantas coisas para fazer em Edimburgo que o ideal é pelo menos 2 dias de visita na cidade. O centro é facilmente alcançável, com a maioria das atrações facilmente acessíveis a pé. Ele é dividido em duas grandes áreas verdes pelos Princes Street Gardens. Ao sul se encontra a cidade velha (Old Town) e o Castelo de Edimburgo e ao norte, se encontra a nova cidade (New Town) e a Princes Street.

Após desembarcar pela estação de trem Edinburgh Waverley pode-se iniciar o passeio pela North Bridge.

Na esquina da North Bridge com a Royal Mile pude avistar o Hotel Radisson. Apesar de não ficar hospedada na cidade e não ter nenhum hotel para indicar, achei a arquitetura dele, super bonitinha

Virei a direita e subi a Royal Mile, que é a rua turística mais movimentada de Edimburgo. Como o nome sugere, Royal Mile é aproximadamente uma milha escocesa e conecta o Castelo de Edimburgo e o Palácio de Holyrood.

Na rua encontrei alguns homens vestidos com os famosos Kilts e tocando a gaita de fole tipicamente escocesa. Fiz um vídeo de um desses artistas.

Ela abrange cinco ruas diferentes, nenhuma delas chamada de Royal Mile: Castle Esplanade e, Castlehill, Lawnmarket, High Street, Cannongate and Abbey Strand. Nela podemos encontrar diversos produtos escoceses autênticos em lojas estabelecidas ao longo da rua.

High Street é  parte mais conhecida da Royal Mile. Nesta região estão diversas lojas e uma grande quantidade de restaurantes e pubs.  É nela que está a Catedral de St. Giles e a Thon Kirk.

Catedral de St. Giles
É a histórica igreja da cidade de Edimburgo.  Com vitrais ornamentados e lindos trabalhos em madeiras a igreja data o século XIV.  É dedicado a Saint Giles, o proeminente santo medieval dos aleijados e leprosos. Horário: segunda a sábado das 9h00 as 17h00 e aos domingos das 13h00 as 17h00. Sua entrada é gratuita, mas para tirar fotografias cobram em torno de £3.

Ao lado da Cathedral St. Giles está o Heart of Midlothina um mosaico em forma de coração dentro da calçada de paralelepípedos.  É feita em granito e marca a localização do Old Tollbtooth do século XV, que era o centro administrativo da cidade, prisão e um dos vários locais de execução pública. Pode-se ver pessoas cuspindo no coração quando passam, embora se diga que são feitos para trazer boa sorte, originalmente eram feitos como um sinal de desdém pela antiga prisão.

Lawnmarket é como se chamam os mais de 100 metros que separam o Bank Street do The Hub. Um edifício que compreende um espaço para eventos, conferências e casamentos. É onde ocorre o Edinburgh Festival. Foi construído entre 1842 e 1845 e sua torre gótica é o ponto mais alto de Edimburgo. Seu interior abriga o Hub Café e o Hub tickets, que é a bilheteria do festival.

Na Lawnmarket está o Writers Museum que está instalado na bela mansão chamada Lady Stair’s House. Foi construída em 1622 e tem o nome de uma das primeiras proprietárias, Elizabeth, a condessa de Stair. O museu apresenta diversos objetos, livros raros e retratos dos três principais escritores escoceses: Robert Burns, Walter Scott e Robert Louis Stevenson.

Castlehill é a parte da rua mais próxima ao Castelo e a mais antiga de Edimburgo, já que essa foi a origem da cidade. Por isso vemos muitos artistas também nessa região.

Nela estão localizadas algumas atrações que valem a pena:

Camera Obscura and World of Illusions
Fundada em 1835 é uma das maiores atrações turísticas da cidade. Com seus diversos andares, é mundialmente conhecido por seu sistema de espelhos que projetam imagens da cidade de um disco branco em uma pequena sala escura. O museu também oferece ilusões de ótica, luz e cor. Há também telescópios no telhado que são poderosos para lhe dar uma vista das pessoas e lugares ao redor da cidade.

Scoth Whisky Experience
Inaugurado em 1988, fica do lado oposto à Camera Obuscura e é uma das atrações mais populares para visitar em Edimburgo. A atração tornou-se a maior coleção de Whisky escocês do mundo, com mais de 3500 garrafas. A coleção está alojada em um cofre de vidro e mármore e foi aberta pelo primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, em maio de 2009. A visita auto-guiada é bacana para aprender mais sobre a história e os segredos da bebida mais tradicional da Escócia.

Para os amantes do Whisky, aqui tem um belo tour,

A Castle Esplanade é um espaço aberto usado no passado para queima das bruxas e onde hoje acontece o Tattoo Festival. É lá que está localizado o Castelo de Edimburgo.  Fiz um post sobre o castelo, para conhecer melhor, clique aqui.

O castelo foi construído sobre a Castle Rock, uma rocha de origem vulcânica no alto da cidade, por isso pode ser observado de diversos lugares de Edimburgo. Ele oferece uma das mais belas vistas do centro da cidade. É um dos lugares mais emblemáticos da cidade, além de ser um dos mais visitados em toda Europa, com mais de um milhão de visitantes por ano. Horários: de abril a setembro funciona das 09h30 as 18h00 e de outubro a março das 9h30 as 17h00. Preço: £16,50.

Do Castelo é possível avistar o George Heriot School, um impressionante edifício construído em 1628 que foi considerado a inspiração para Hogwarts, a famosa escola de Harry Porter. Localizada na Laurinston Pl.

Sai do Castelo e resolvi fazer o tour sozinha, pois depois seguiria para cidade de Inverness. Desci a Royal Mile e entrei a direita na George IV Bridge. Virei novamente a direita na Victoria Street. Acredita que essa rua tenha inspirado a autora sobre o Beco Diagonal de Harry Porter. Essa rua possui uma curva suave e vitrines coloridas, o que faz ser uma das mais fotografadas da cidade. Foi construída entre 1829 e 1834 para melhoria da cidade.

No final da Victoria Street fica o Grassmarket, um local onde encontramos restaurantes diversos para moradores e turistas. O castelo tem vista para metade inferior do Grassmarket.

Segui pela Cowgatehead e virei a direita na Candlemarker Row onde está localizado o Greenfriars, um cemitério onde encontram-se as lápides dos personagens de Harry Porter. Dizem que esse é o cemitério mais assombrado da cidade. Alguns visitantes relatam desmaios ou serem arranhados, machucados ou mordidos, outros citam ver fantasmas.

Lá também podemos encontrar o túmulo de Greyfriars Bobbys. Diz a lenda que Bobby era um Skye Terrier que pertencia a um vigia no turno chamado John Gray. Quando John faleceu e foi enterrado, diz-se que Bobby, seu leal cachorro, sentou-se ao lado do túmulo e ficou durante 14 anos, antes de ser enterrado ao lado dele.

Esta historia foi popularizada em livros e pelo filme de 1961 da Disney.

A estátua do cão fica na junção da Candlemakers Row e George IV Bridge com Chambers Street, em frente ao Greyfriars Bobby Pub. Parece que é uma tradição esfregar o nariz do cachorro para dar sorte.  Sem dúvida, um dos cartões postais de Edimburgo. Ao lado está Greyfriars Kirk. A igreja é um dos mais antigos edifícios sobreviventes da cidade velha, sendo iniciado em 1602 e concluído em 1620.

Em frente ao pub, na George IV Bridge com a Chambers Street está o National Museum of Scotland. Inaugurado em 1998, o moderno museu abriga mais de 10.000 objetos, entre obra de arte, joias e armas. Foi formado da fusão do Museu da Escócia, com coleções relacionadas a antiguidades escocesas, cultura e história com o Museu Real, com coleções de ciência e tecnologia, história natural e culturas mundiais. Horário: todos os dias das 10h00 as 17h00. Entrada gratuita.

Voltando pela George IV Bridge encontrei o Elephant House. Foi fundado em 1995 é uma das melhores casas de chá e café da cidade, a favorita entre os habitantes e turistas. Ficou famosa pela presença de JK Rowling, a escritora dos livros de Harry Porter, que passou seus dias lá escrevendo. Lá muitos fãs de Harry Porter fizeram dos banheiros um santuário. Endereço: 21 Ponte George IV. É um lugar agradável para tirar fotos e tomar um cafezinho.

Voltei novamente para Royal Mile, desta vez descendo para o lado leste. Desci pela High Street. Passando pela South Bridge e North Bridge, na rua ainda com nome de High Street localiza-se o Museu of Childhood. La encontra-se uma coleção de brinquedos de criança que vai do século 18 ao século 21. Foi o primeiro museu no mundo a se especializar na história da infância e atualmente atrai mais de 250.000 visitantes por ano. Entrada gratuita.



Praticamente em frente está a John Knox House. Construída a partir de 1490 essa casa histórica pertenceu ao John Knox, um reformador protestante do século XVI. Atualmente é um museu que abriga 
esculturas que datam de 1850, quando o edifício foi restaurado.

Descendo mais um pouco a rua muda de nome para Canongate. Segundo a história até o ano de 1856 a Canongate foi um burgo independente e lá estava a muralha que dividia Edimburgo e Canongate. No cruzamento com a Jeffrey Street podemos ver alguns ladrilhos metálicos que indicam onde estava a porta da cidade. Nessa rua está o Tolbooth Tavern, um edifício que achei super bonitinho. Quando cai a noite, o trecho de Canongate fica bastante deserto, por isso o mais recomendado é visitá-lo durante o dia.

Finalizando a Abbey Strand é um pequeno trecho da Royal Mile que vai do final da Canongate, onde está a praça do Parlamento até o Palácio de Holyroodhouse.

O Edifício do Parlamento Escocês está localizado em uma antiga cervejaria. Foi projetado pelo arquiteto catalão Enric Miralles e foi aberto pela Rainha em outubro de 2004. Os tours são gratuitos de uma hora (com reservas antecipadas) e incluem visitas o Salão Principal, a Câmara de Debates, uma  Sala de Comissões, Garden Lobby e um escritório de um membro do parlamento.

Palace of Holyroodhouse foi construído entre 1671 e 1678. É a residência oficial da família real na Escócia, mas é mais famoso como a casa do século XVI de Mary, Rainha dos Escoceses. O palácio se desenvolveu a partir de uma pousada anexada à Abadia de Holyrood e foi prorrogada por James IV em 1501. O passeio  no palácio leva a uma série de impressionantes apartamentos reais, terminando na Grande Galeria com seus 89 retratos da galeria de reis escoceses que foram encomendados por Charles II. O passeio continua até a parte antiga do palácio, onde encontra-se o quarto de Mary, conectado por uma escada secreta ao quarto do marido e termina nas ruinas da Abadia de Holyrood. Ele fica fechado à visitação durante as visitas reais.

Voltei toda a Royal Mile, virando a direita na George IV Bridge, chegando ao final da rua virei a esquerda na N Bank Street. Fui descendo, passei pelo Museum of The Mound. Ele está localizado no prédio da sede do Bank of Scotland.

Olhando a esquerda avistei um edifício que achei lindo e atualmente abriga o New College The Univertity of Edinburgh, um dos maiores e mais renomados centros de pós-graduação em Teologia e Estudos Religiosos no Reino Unido.

Desci pelo The Mound, uma colina artificial que separa o Princes Street Gardens West do Princes Street Gardens East. O Princes Street Gardens antigamente era um pântano, a área foi transformada em um lago artificial chamado Nor Loch que foi usado como barreira defensiva para o Castelo e só a partir de 1760 foi drenado e transformados em jardins.

No lado direito está a Scottish National Gallery of Modern Art, que está dividida entre dois imponentes edifícios neoclássicos. Apresenta uma impressionante coleção de pinturas dos populares pintores escoceses. A coleção principal é conhecida como Modern One e concentra-se na arte do século XX, com vários movimentos europeus.

Virei a direita na Princes Street, a artéria principal da cidade. Fui caminhando até o Scott Monument. Inaugurado em 1846 em estilo gótico para homenagear o escritor escocês Sir Walter Scott.  Tem 61 metros de altura, é o maior monumento criado para homenagear um escritor. Possui 287 degraus e dizem que a vista da cúpula é espetacular. Na base do monumento encontra-se o próprio Sir Walter, esculpido em  uma unica peça de mármore branco, por John Steell.

Continuei andando, passei pelo Princes Mall, um centro comercial localizado ao lado da estação de trem Edinburgh Waverley. Projetado no início dos anos 80, abriga as cadeias de lojas de rua, bem como uma grande praça de alimentação.

Continuei pela Princes Street, passando pelo Old Calton Cemetery, localizado na região de Calton Hill, a nordeste do centro da cidade. Foi aberto em 1718. É lá que estão enterrados os vários escoceses notáveis, incluindo o filósofo David Hume, os editores William Blackwood e Archibald Constable. Há o Monumento dos Mártires Políticos e também o Memorial da Guerra Civil Americana da Escócia.

Finalizei o passeio em Calton Hill. Para acessar a região é preciso subir as escadas íngremes, mas relativamente curtas até o topo. O edifício mais imediatamente reconhecível é o Dugald Stewart Monument, concebido como homenagem para o filósofo escocês.

Continuando a subida, encontra-se o Nelson Monument. É uma torre comemorativa em homenagem ao vice-almirante Horatio Nelson. Para subir tem o custo de £4. No topo há uma bola do tempo. Essa bola, construída em madeira, coberta de zinco e pesando 762 quilos, é levantada um pouco antes das 13h e, precisamente às 13h, é lançada de cima do mastro.

Há também o Monumento National, um mini Parthenon inacabado, que foi criado para homenagear os falecidos nas guerras napoleônicas. Embora os cidadãos da região tenham dado a ele o nome de “vergonha de Edimburgo”, hoje é uma das ruínas mais visitadas,

O City Observatory (observatório astronômico) começou sua história como o modesto observatório de Thomas Short. Depois de muitas mudanças, o belo edifício faz parte da “Pequena Atenas” de Calton Hill, mantendo sua funcionalidade.

De lá, segui para a estação Edinburgh Waverley de onde segui viagem para Inverness.

Não fiz o passeio ao Real Mary King’s Close, que dizem ser bem interessante.  As câmaras da cidade do século XVIII de Edimburgo foram construídas sobre os restos de Mary King’s Close e os níveis mais baixos deste beco medieval da cidade velha sobreviveram praticamente inalterados entre as fundações por 250 anos. Aberto ao público, este assustador labirinto subterrâneo oferece uma visão fascinante da vida cotidiana da cidade do século XVII. Personagens fantasiados conduzem excursões por uma casa do século XVI e pela casa devastada pela peste de uma coveira do século XVII. Reserva antecipada. Visita dura 1 hora e custa

Também não experimentei um prato que é típico da região, o Haggis é tradicionalmente feito de partes de ovelha (coração, fígado, pulmões) que são misturados com cebola, especiaria, gordura, aveia, caldo e especiaria, e em seguida recheado no estomago de uma ovelha. Foi um alimento comido pelos pobres. Para quem gosta de comer coisas diferentes, quem sabe não pode me contar depois se vale a pena.

Recomendo para quem gosta de Whisky ou para quem quer presentear alguém, passar nas diversas lojas que Edimburgo tem. Eu comprei um para minha mãe, mas confesso que ela não gostou do tamanho da lembrancinha (rsss).

Eu adorei passear por essa cidade encantadora. Acredito que todos que visitam o Reino Unido devem planejar uma viagem para lá.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Edimburgo
https://en.wikipedia.org/wiki/Edinburgh_Castle
https://pt.wikipedia.org/wiki/Haggis

 

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