O Dia de los Muertos é uma celebração mexicana em homenagem aos antepassados que coincide com a celebração católica do Dia de Finados. Em 2003, o dia entrou na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco.
Além do México, país onde se originou e a tradição, os Estados Unidos e povos da América Latina também organizam festas com esse tema.
Nos Estados Unidos em alguns lugares como Texas, Arizona e Califórnia, por conta da influência mexicana na região, esse dia é celebrado de uma maneira bem semelhante ao que é celebrado no México. Não acompanhei a festa, mas pude ver as decorações na cidade de San Diego e, particularmente , achei fantástico.
Os esqueletos estavam espalhados por todos os lados. Geralmente eles estão vestidos com roupas, chapéus e com vários adereços. Segundo a tradição mexicana, são eles que recepcionam as almas que vêm visitar seus entes queridos no Dia dos mortos.
As origens dessa celebração no México vem da era dos Astecas, Maias Purépechas, Náuatles e Totonacas, muito antes da chegada dos espanhóis.
Segundo a lenda, os mortos têm permissão para vir a Terra e visitar seus entes queridos. Preparam-se então, algumas festividades, para que eles possam se sentir bem vindos.

As famílias preparam as comidas preferidas dos entes queridos e enfeitam suas casas para que fiquem bonitas, com flores e velas.

Apesar de ser um assunto um tanto mórbido, essa festa é comemorada com muita alegria.
As comemorações começam ao meio dia do dia 31 de outubro e vão até ao meio dia do dia 01 de novembro onde comemora-se primeiro a chegada das crianças que são chamadas de “angelitos”. Nesse dia as velas e os altares são totalmente brancos.
Do meio dia do dia 01 de novembro ao meio dia do dia 02 de novembro, celebra-se a vinda dos adultos e jovens. Nesse dia as velas são todas coloridas.
Altares são feitos nas casas e nele podemos encontrar: os crânios doces (caveiras de açúcar) que têm escrito nas suas testas o nome do falecido e é consumido por seus parentes e amigos; o pão dos mortos, um bolinho doce cozido em diferentes formas; copos de água; tequila; charutos e até os brinquedos.

Tudo isso ao lado de retratos do falecido e cercados por velas, de preferência na cor roxa. Também encontra-se na maioria dos altares a cruz que fica ao lado da imagem do falecido.
Nos túmulos são depositados flores para atrair e guiar as almas dos mortos. Uma das flores bem tradicionais na festa, por florescerem bem nessa época é a Cempasuchil, uma flor de cor laranja. Ela é usada como uma flor de luto, pois representa o sol que ilumina os mortos. É muito comum também as famílias se juntarem para ceiar nos cemitérios.

O símbolo dessa relação do mexicano com a morte é a famosa La Catrina, um esqueleto de uma mulher usando um chapéu, uma representação de uma dama da alta sociedade do início do século XX.
Sua origem vem da La Cavalera de La Catrina, uma gravura de José Guadalupe Posada. Na tradição mexicana ela é casada com Mictlantecuhtli, o Senhor da Terra dos Mortos.
As pessoas fazem máscaras de caveira, vestem roupas com esqueletos pintados ou se fantasiam de morte e em algumas regiões do país, os moradores até desfilam pelas ruas.
Não consegui ver a festa do Dia de los Muertos, mas no dia 31 de outubro, em Los Angeles tive o prazer de participar da festa do Halloween, que falarei em breve.
Quero muito ter a oportunidade de conhecer e participar dessa festividade em alguma região do México.