Stratford-upon-Avon é uma cidade histórica, localizada nas margens do Rio Avon, no condado de Warwickshire, na Inglaterra. Muito visitada por turistas do mundo inteiro, por ser o lugar de nascimento do dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare.
Como chegar:
A cidade está localizada há 163 km a noroeste de Londres. Peguei um trem de Londres para Stratford-upon-Avon e a viagem durou em torno de 2 horas. Na época paguei £ 39,70 ida e volta.
O que fazer:
A estação ferroviária está localizada cerca de 800 metros do centro da cidade. Peguei um mapa do onibus tour sightseeing e optei por conhecer a cidade a pé.
Iniciei caminhando pela Alcester Road (parada 8 do mapa), continuei pela Greenhill Street onde está localizada o Old Thatch Tavern, onde funciona uma cervejaria desde 1470 e o pub mais antigo de Stratford.
Na esquina da Greenhill Street com a Rother Street está a American Fountain (Market Square – parada 3 do mapa). A fonte do memorial de Shakespeare é a torre do relógio (como é oficialmente conhecida). Foi construída para homenagear William Shakespeare e a Rainha.
Fui caminhando por toda Rother Street, tirando foto de toda região. Uma das casas que me chamou atenção foi a sede da polícia de Stratford. Um charme.
Quase no final da Rother Street localizei a região de Evesham Place (parada 7 do mapa). Uma região bonita cheia de casas e comércios locais.
Entrei a esquerda na Chestnut Walk, a rua muda de nome para Old Town. Fui caminhando e encontrei a Hall’s Croft (parada 6 do mapa). O edifício, construído em 1613, pertenceu à filha mais velha de William Shakesapeare, Susana Hall e seu marido, Dr. John Hall. Atualmente um museu, com uma coleção de pinturas e móveis dos séculos XVI e XVII e também uma exposição sobre o Dr. John Hall. Entrada custa £ 7,65.
No final da Old Town, na Trinity Close fica a Holly Trinity, conhecida como igreja de Shakeaspeare, devido à sua fama como o local de batismo e enterro de William Shakespeare. A entrada da igreja é gratuita, mas é cobrado £ 3 para que visita o Shakespeare Grave, o memorial dedicado ao poeta.
Voltei pela Trinity Close, caminhando pela Southern Lane. Essa rua começa na Holy Trinity Church e vai até a Bridge Street. Nessa rua localiza-se o The Other Place que substituiu em 2016 o The Courtyard Theatre e era operado pela RSC (Royal Shakespeare Company). Como fui antes de 2016 o nome ainda era The Courtyard Theatre.
Caminhei pelas margens do Rio Avon, pela Waterside onde está o Royal Shakespeare Theatre, um teatro de 1040 lugares que também pertence a RSC (Royal Shakespeare Company), dedicado ao dramaturgo e poeta. Abriu em 1932 no local do antigo Shakespeare Memorial Theatre, datado de 1879.
No verão é muito comum ver o rio ocupado com barcos a remo, lanchas e cruzeiros fluviais.
O Bancrof Gardens está localizado no Rio Avon, ao lado do Royal Shakespeare Theatre. Nele está a fonte dos cisne, o memorial Gower, um a série de estátuas e flores em geral. Ao lado do Memorial Gower tem o Cox’s Yard, um lugar bem gostoso para comer e beber algo.
Atravessei a Bridge Foot e virei a direita na Swans Net, caminhei até a Stratford Butterfly Farm, uma fazenda aberta por David Bellamy, em 1985, onde é possível ver inúmeras borboletas raras e exóticas. Entrada custa £ 7,25.
Voltei pela Bridge Foot, subindo pela Bridge Street até o cruzamento das principais ruas de Stratford-upon-Avon.
Entrei a esquerda e fui caminhando pela High Street, uma rua de comércio local, cheia de pubs e lojas diversas. Um puro charme.
Na High Street está a Harvard House. Conhecida como a “Casa Antiga”, ela foi construída em 1596 pelo rico cidadão Thomas Rogers, cujo neto foi o principal benfeitor da Universidade de Harvard. Uma das poucas casas remanescentes maravilhosamente preservadas em Stratford-upon-Avon.
Desdendo pela High street à esquerda localizei a Sheep Street que vai Ely Street para Waterside. Foi um bairro residencial no século XVI e alguns dos edifícios foram reconstruídos após o incêndio de 1595. É nessa esquina que está a Town House (prefeitura). Um edifício construído de pedra com a estátua de Shakespeare.
É nessa rua também que está o Tudor Word. É o único museu da Inglaterra dedicado aos Tudors, não tem artefatos ou móveis da época, mas recria a vida Tudor, do século XVI em cenários teatrais. É acessível pela única rua de paralepípedos remanescente em Stratford. Aberto todos os dias. Entrada £ 5.
De volta ao cruzamento da Hight Street, Church Street e Sheep Street, virei a esquerda e desci a Church Street (parte 4 do mapa). Nessa rua está o prédio do Hotel Mercure que fica bem ao lado da Town Hall (prefeitura). Eu achei uma graça.
Descendo mais um pouco, do lado esquerdo localizei a Nash’s House and New Place. A casa pertencia a Thomas Nash, foi comprada por William Shakesapeare em 1597, embora ele não tenha se mudado para lá até 1610. Naquela época, era a maior residencia em Stratford e a única construída em tijolo. O Sheakespeare Birthplace Trust adquiriu a casa em 1876 e desde então o museu traça a história da cidade desde os primeiros colonos no vale Avon até a época de Shakespeare.
A Guild Chapel é uma igreja que fica em frente à New Place, casa final de Shakespeare. É um dos edifícios históricos mais conhecidos e importantes da cidade. Nela estão algumas das melhores pinturas murais medievais da Europa. Está aberta todos os dias.
Colada a Guild Chapell estão as Almshouses, que foram construídas em cerca de 1500 para abrigar as pessoas pobres, doentes e idosas no piso térreo. Os quartos do andar superior eram alugados. Ao lado dela está a King Edward VI Grammar School, a escola original da Associação. Um professor chamado de “padre da gramática” ensinava os filhos do membro do clã no térreo e morava em um quarto no andar de cima.
Finalizei o passeio pela Church Street passando em frente ao Sheakspeare Institute, um centro de estudos de pós-graduação dedicado ao estudo de William Shakespeare e à literatura do Renascimento inglês. Faz parte da Universidade de Brimingham.
Voltei pela mesma rua até o cruzamento entrando na Henley Street, uma das ruas mais antigas da cidade. Uma importante zona turística e comercial, com muitos lojas e cafés ao ar livre.
Passeando pela rua encontrei o MAD Museum (Museu de Arte e Design Mecânico), a única atração especializada do gênero no Reino Unido. Aberto em 2012, apresenta uma das melhores peças do mundo de arte cinética e automata de artistas pioneiros de todo mundo. Museu aberto todos os dias das 10h30 as 16h00. Entrada: £ 7,80.
É nessa rua também que está localizada a Public Library (biblioteca pública). Um prédio de madeira com enchimento de gesso na base, tijolo das paredes e telhados de telha.
E enfim, o passeio que super recomendo, é o Shakespeare’s Birthday and The Shakespeare Centre. A casa de madeira de John Shakespeare, comprada por ele em 1556 , foi em 1564 o local de nascimento do seu filho William. A propriedade permaneceu junto aos descendentes diretos até 1670, quando a neta, Elizabeth Barnard, morreu. Agora é um pequeno museu aberto ao público e uma popular atração para visitantes, gerenciado pelo Shakespeare Birthplace Trust. Fiz um post a parte contando um pouco sobre o passeio dentro da casa (clique aqui).
Peguei um ônibus para conhecer a Anne Hathaway’s Cottage (parada 9 do mapa). Situada em Shoterry, a pouco mais de 1 km do centro da cidade é a casa onde cresceu e viveu a mulher de William Shakespeare. É uma casa de campo tradicional da época, com lindo telhado de palha. Dentro da casa encontram-se móveis , louças, utensílios e documentos originais da época. A casa é muito bem conservada, apesar de seus mais de 600 anos de idade. Os jardins são uma atração à parte.
Um dos lugares que não fui e que ficou faltando é a Mary’s Aden’s Farm, pois ficava mais ou menos cerca de 20 minutos de carro. A fazenda é a casa de infância da mãe de Shakespeare.
Terminei o passeio no final da tarde e peguei uma baita chuva para chegar a estação. Fui comprar um guarda-chuva para me dirigir a estação de trem e para minha surpresa paguei em um guarda-chuva bem simples uma bagatela de £ 30,00 (um absurdo). Apesar disso, super recomendo a visita, por ser uma cidade histórica e cheia de charme.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Stratford-upon-Avon
https://www.fictionalwishes.com/2016/05/mary-ardens-farm/
Eu acho essas cidadezinhas tão lindas, ainda quero fazer uma viagem só passando pelo interior dos países. E que legal ser a terra de Shakespeare, visitar o memorial deve ser incrível!
Ahhh, eu por mim viajaria todas essas cidades do interior, realmente são as mais charmosas. Te indico a visitar Stratford-Upon-Avon, pois é lindinha!
Aii, que cidade mais charmosa, Vanessa!! Eu nunca tinha ouvido falar dela, acredita? Amo essa arquitetura, obrigada pela dica!
Acredita que eu também não tinha ouvido falar dela, até fazer o intercâmbio. Foi recomendação. Mas a arquitetura realmente é um verdadeiro charme. 🙂 Bjos
Nosssaaaaaa!! Eu ia adorar conhecer essa cidade. Seria respirar história, voltar no tempo de Shakespeare. Ameia dica. bjs
Realmente estar na cidade é como respirar a história de Shakespeare. Todos os pontos turísticos falam sobre ele e sua família. Bjs
Que cidade mais fofaaaa! <3 Com certeza visitarei na minha próxima viagem para a Inglaterra. Valeu a dica!
Vai sim!! Eu super recomendo. A arquitetura é a que mais me encantou, apesar da cidade respirar Shakespeare o tempo todo. Bjoss e depois nos conte a sua experiencia lá.
Que cidade mais linda! A arquitetura é maravilhosa; gostei especialmente da biblioteca e da prefeitura! Adorei ainda caminhar com você, entrando e saindo de ruas: que delícia! As referências a Shakespeare só tornam tudo ainda mais interessante! 🙂
Eu concordo contigo, a cidade faz referencias a Shakespeare em quase tudo e a arquitetura é um show a parte. Lindo, né?
Bjocas